Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Que a verdade seja dita...mas não sejemos brutos

Vamos combinar uma coisa: Dizer sempre a verdade, ou pelo menos, na maior parte das vezes. Convém.
Toda a gente já pregou uma mentirinha uma vez pelas outras, mentiras inofensivas que não têm como objectivo prejudicar as outras pessoas que a rodeiam, ou até mesmo mentirinhas para protecção pessoal. A mentira tem a capacidade de dar mais volume a uma conversaçãozinha, tem a capacidade de fazer o outro acreditar em algo incrível, mas uma mentira não passará disso mesmo e depois, por ironia do destino, acaba por ser descoberta e lá se vai o seu efeito. O que acontece depois? Simples, a pessoa que disse a dita mentira passa a ser vista com outros olhos, passa a ser chamada de mentirosa ou simplesmente viram-lhe as costas. Por isso digam sempre a verdade quando se trata de uma conversa séria, quando precisam de ajuda, quando estiverem com pessoas de quem gostam muitos como os vossos amigos e familiares. Digam sempre. Preferível uma verdade que custe que uma mentira que encubra uma coisa mal feita. Preferível serem mal vistos pela verdade dita que mal vistos por uma mentira bem pregada. Mais vale serem falados do que quer que seja mas com base na verdade que disseram que serem falados por o que quer que tenham feito e uma mentira á mistura.
Eu sou uma pessoa muito má por vezes e tenho alturas em que digo o que penso sem olhar muito bem ao que vou dizer, desde que diga o que penso para mim basta. Em tempos, para mim, dizer o que pensava não passava disso mesmo e nem olhava ás palavras que empregava. Mas hoje em dia tenho um pouco de mais cuidado com o que digo porque não está no meu direito deixar ninguém ferido com palavras grosseiras e além disso não preciso esconder a verdade. Há várias formas de dizer a verdade num discurso opinativo com uma outra pessoa. Vejam este exemplo:
A: Achas que este vestido me fica bem ou nem por isso?
Eu:  (opção grosseira) Que horror, pareces um espanador!
Eu: (opção conveniente) Acho que deverias experimentar um outro, esse não favorece tanto.

A: Que queres que faça? Eu gosto tanto dele e ele nem quer saber de mim mas não consigo deixar de o perseguir...
Eu: (opção grosseira) Quero que deixes de ser burra por metro quadrado e passes a outra que aquele tipo tem umas orelhas de abano, é feio como tudo e veste-se tão mal que me mete nojo.
Eu: (opção conveniente) Tu deverias de olhar mais para ti, pensar em sair mais, conhecer pessoas e aí sim ele irá ver quem tu és na realidade.

Ou seja, eu disse a verdade em ambas as opções, mas na segunda opção de cada exemplo não precisei de usar termos menos adequados de forma a ferir as pessoas. Claro que uma vez pela outra o primeiro termo seja mais adequado, mas isso consoante o discurso, a pessoa em causa, as coisas que a conversação implica e mais uma série de coisas menos importantes. Conheço uma alminha ou duas que diz o que pensa só porque sim, porque se diz muito honesto, porque tem prazer em opinar sem pensar em ferir os sentimentos. Mentes sádicas ou doentias. Uma palavra mais bruta acaba sempre por vir á baila mas não é preciso magoar ninguém e lhe esconder a verdade.
Além do mais dizer a verdade dá uma boa descarga de consciência não é verdade? Quem diz a verdade não merece castigo. Mas há muito boa gente que recebe castigos por uma boa verdade. Se bem que castigos dados por se dizer a verdade não se igualam aos castigos dados por uma bela mentira.

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