Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 9 de abril de 2012

P.S: AMO-TE PAISAGEM

Há locais que nos acompanham a memória todos os dias da nossa vida e dos quais nos lembramos várias vezes ou mesmo a toda a hora. Por vezes dá-nos aquela vontade de voltar àquele sitio acolhedor ou àquele local especial e então nós pensamos: Bolas, mas porque é que não podemos levar a paisagem ou o local connosco no bolso/mala?
Pois é...
A mim também me acontece isso muitas vezes e com muitos sítios diferentes. Há locais que nos marcam pela sua grandiosidade, pela sua irreverência, pela sua importância ou mesmo pelo que vivemos lá. Seja o que for que nos mova, acabamos sempre por querer voltar ao local que tanto nos marca sempre que possível.
Neste Verão que passou descobri um local do qual não me importava nada de construir uma cabana e viver lá com o pouco que conseguisse. Afinal de contas, sou uma pessoa de poucos luxos. Gosto muito mais de viver o dia a dia, sentir emoções do que bens materiais. Afinal de contas os sentimentos são intemporais, transcendentes e fazem bem quando nos transmitem coisas boas.
Recordar um local ou uma paisagem que nos traga boas memórias é uma forma de nos sentirmos de novo nessa vivência.
Como eu costumo dizer, a saudade é puro sinal de que o passado valeu a pena.
Por vezes fico irritada por não conseguir a imagem perfeita do local que me marca, ou mesmo pegar na paisagem dos meus sonhos e levá-la comigo para casa e poder dizer que é apenas minha.
Sim, eu sou egoísta ao ponto de não querer partilhar a paisagem que tanto me trás boas memórias.
Embora não seja um sitio do qual eu não lá vá há anos, sinto sempre saudades e lembro-me de coisas que lá vivi. Por um lado faz-me sentir bem, mas por outro dá-me aquele aperto no coração saber que foram coisas que já passaram.
No entanto, a idade ensinou-me que o que vivemos e gostamos é realmente nosso e não nos pode ser tirado, porque experimentamos por nós, vivemos por nós e sentimos por nós.

Uns preferem a cidade, outros preferem o campo. Pessoalmente sou mais campesina, gosto mais do verde, do céu limpo e das plantas, de sentir a terra e ver os animais. Gosto muito mais do que é puro e que posso dizer que nos dá e que nos leva. Nada melhor que a terra pura para mim e sou daquelas pessoas que se deixa encantar com facilidade com uma simples paisagem. Simplesmente gosto do que vale a pena sentir na pele, que é a natureza, para mim, a mãe e Deusa de tudo e todos.
Por isso gosto de ir para o  campo, passar noitadas no campo, ver montanhas, cerros, árvores e isso é o que realmente me encanta. O resto não passa de uma criação auto destrutiva do homem como forma de vida e remodelação. Digamos que é o avanço ( ou direi retrocesso?) do homem.
Como sou de boa memória para as coisas que gosto e que valem a pena, deixo-vos com um fotografia de uma paisagem que me diz muito. Desculpem a qualidade fotográfica. A noite e a minha máquina fotográfica não são as melhores amigas, mas acreditem...vocês iriam gostar de ver isto de perto, tal como eu faço sempre que posso.
A sensação de me sentir isolada do mundo, poder agarrar o mundo com as mãos e sentir que sou maior que tudo e todos, pertence-me neste pequeno local...que não digo o nome...porque é MEU! :D

1 comentário:

Jorge disse...

Eu também tenho uma paisagem que me dá muitas saudades. Rico ALTE que me viu praticamente crescer. Faz anos que não o vejo.