Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



segunda-feira, 12 de julho de 2010

Falta de sentido


Quando me perguntam por ti pergunto sempre a mim mesma a quem se referem. Por mais que pareça incrível não me consigo recordar de ti, de nada do que possamos ter passado juntos e mesmo que alguns momentos pudessem ter sido de facto marcantes, hoje não me consigo recordar de momento algum ao qual um dia dei importância.
Pude dizer que namorei um estranho, um ser sem capacidade de afirmar as coisas mais simples, um ser que apenas se refere que mudei por ele sem nunca ter conseguido fazer-me frente e dizer-me que a relação estava diferente.
Uma das coisas que jamais tiveste noção foi que eu não mudei, apenas queria conhecer-te, interessar-me pelos teus gostos, viver dentro dos teus ideais para saber quem eras. Hoje percebi que fiz demais por ti. Jamais mudei aspecto algum em mim.
Pude dizer que tive um namorado que no fim da nossa relação me apontou todos os defeitos e mais alguns para se esconder de não me ter dito que as coisas não estavam a funcionar, um namorado que não teve coragem de ser directo quando se julgava tão crítico, tão directo como não havia outro e que no fim revelou que a sua mente crítica apenas servia de montra e não de conteúdo.
Pouco a pouco descobri o homem que havia por detrás daquele com quem estive em tempos. Num momento sei que o adorava, amava o homem que me iludiu, que me tapou os olhos com ambas as mãos, mas no momento seguinte, o momento da verdade, descobri que não prestas.
Hoje sei que, por mais que um dia viesses ao meu encontro pintado de ouro te daria um minuto que fosse da minha atenção. Não me arrependo te de ter conhecido, se eu não te tivesse conhecido jamais saberia lidar com um animal da tua laia.
É engraçado como as pessoas se encobrem para não mostrarem quem realmente são. É assim que nos iludimos muitas vezes.
Rio a pensar que assim foi, que me iludi e dei toda a minha atenção a algo que tudo o que merecia era que eu olhasse para apreciar se valeria a pena e depois virasse as costas. No início foi mais ou menos assim. Foi por isso que nunca me largavas, porque tu não eras o meu tipo de homem, porque não me servias e era visível de longe que eu era mal empregue nas tuas mãos. Só mais tarde ignorei esse aspecto quando disseste que me amavas. Comecei a interessar-me pela pessoa que pensei que fosses, pela outra imagem que se escondia por detrás dessa tua aparência tosca e sem piada alguma, pelo homem a quem um dia pensei chamar mesmo de homem. Hoje entendo que poderia passar uma vida a tentar comparar-te com um, mas não passas de mero projecto mal acabado.
Não digo tudo isto para te ferir, para te magoar, digo isto para que saibas da verdade, daquilo que sinto cada vez que nos cruzamos.
Nunca irás ter sorte no amor porque tu arruínas o próprio amor com as tuas próprias mãos.
Cresceste com a mania de que sabes tudo, que vens com toda a instrução do mundo, que sabes com quantos paus se faz uma jangada e é então que te vejo sempre no mesmo sítio e reparo que o que tu sabes já eu me esqueci.
Antes ria das tuas piadas, hoje rio de ti, rio por perceber que foste bruta perda de tempo, que se toda a mulher soubesse logo á partida com que tipo de homem lida jamais escolheria algo parecido contigo.
Quero que saibas a mulher que perdeste, a mulher que poderia viver o resto da vida do teu lado, mesmo que de olhos tapados e bem tapados. Quero que percebas que o que tiveste nas mãos não te calha duas vezes. É o mesmo que comprar uma rifa a um estudante: pode calhar ou não o cabaz, mas acreditas que te calha duas vezes seguidas?
Tenho orgulho em não te pertencer mais, em não ter mais nada que ver contigo, ter limpo todo o meu corpo das tuas digitais, ter jogado fora todas as coisas que me faziam recordar de ti, ter mudado de rua e mudado de vida a partir do momento em que finalmente arranjei coragem para te dizer na cara o grande mentiroso e forreta que tu és. Tu só tens o que mereces, o que plantaste e colheste com ambas as mãos. Quero que faças bom proveito da cama que fizeste.
Pode ser que um dia nos calhemos a cruzar e nessa altura te lembres do que fizeste. Não te garanto é que me lembre de quem és.

2 comentários:

Gisela disse...

Olá maninha.
Fizeste muito bem em ter escrito este texto. Demonstraste aquilo que sentes sempre que tal "PERSONA NON GRATA" passa por ti e isso é muito importante, porque estás a conseguir ultrapassar as coisas.
No meu caso tu já sabes o que sinto, até a minha cara o demonstra. Foi um acto nojento e repugnante o que esse parvo te fez e tu mereces muito melhor que ele, aliás tu agora estás muito bem, estás super feliz e és bem tratada (como bem mereces) com quem nós sabemos. Desejo-te todas as felicidades e espero que os próximos tempos sejam cheios de alegria e amor para ti.
Adoro-te kida.

Tânia Dias disse...

Pois é maninha já viste como são as coisas? Nunca se aprende com festinhas na cabeça. Tens toda a razão, nunca vi bicho mais feio e mesmo assim olha onde fui cair...e não era nem uma nem duas pessoas a dizer-me isso. Por algum motivo aquilo não tem sorte no amor ne?
Eu se fosse a ele pensava em fazer uma plástica ou assim. Para começar tirava aquela acne de meter nojo, depois aquele ar de parvo e por fim podia ser que enganasse mais alguém ne? hihihi