Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



domingo, 9 de outubro de 2011

Chovia torrencialmente quando eu despertei e ainda era de noite.
O céu estava coberto de um vermelho veludo. Os trovões demonstravam que a chuva não queria ir embora.
Olhei pela janela e vi o campo deserto que ao meu redor se estendia.
Nem sinal de ti.
Sinto o coração vazio. As horas passam e eu pergunto-me até quando irás suportar essa dura batalha que tão arduamente travas contra a morte que teima em testar-te.
Sinto um medo terrível de te perder. Na minha cabeça nada mais habita se não as lembranças do teu sorriso.
Caminho pela casa na esperança de me ocorrer uma solução mesmo que insana de te trazer de volta.
Sinto ansiedade, medo, um medo terrível de deixar de sentir o coração bater por entre os teus frágeis dedos. Sinto receio que brevemente deixes de sentir o meu abraço forte, as minhas lágrimas que cobrem o teu rosto como um manto, as palavras que docemente sussurro ao teu ouvido repetindo sempre Fica, por favor fica.
Olho-me ao espelho e não mais me reconheço. Recuso-me a acreditar na dura realidade de uma vida tão efémera. Subitamente vejo-te no espelho. Sei que é apenas a minha imaginação, mas tento a todo o custo trazê-la para fora...em vão.
Farto-me rapidamente de tanta angústia. Não posso perder-te. Vou contra todas as paredes na esperança de conseguires ouvir os meus gritos, na esperança de poderes sentir esta minha ansia de te querer do meu lado, de saber ao menos que ficas bem, que poderei ver-te dormir todas as noites sem me preocupar com o medo que me atormenta.
Deixa-me dizer-te, pode ser a última vez que o digo: Tu foste a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Deixa-me gritar bem alto amo-te até que escutes dentro do teu coração. Deixa-me suplicar-te uma vez mais Por favor, não partas...
Deixa-me derramar uma vez mais em ti as minhas lágrimas que dizem és tudo o que eu sou, pedir-te pacientemente que não largues a minha mão, ainda que não possas apertá-la contra a tua.
Sinto o teu corpo frio...é o frio da despedida.
Sinto ao mesmo tempo a minha alma abandonar-me o corpo, ir ao teu encontro, morrer contigo, seguir contigo a mesma estrada. Sinto o terror das horas que teimam em passar devagar levando mais um pouco de ti.
Fica, tu sabes que és importante. Não me podes deixar.
Deixo-me cair no chão frio, as mãos pesadas, o peso do corpo, da alma, das horas penosas que se vão acumolando em mim, o desespero que começa a tomar conta de todas as coisas...
Preciso arranjar uma solução, algo que te prenda a mim para sempre.
Viver sem ti não seria vida, apenas simples existência.

2 comentários:

Cátia disse...

Ai Tânia este post faz-me lembrar uma situação pela qual passei e que bem sei dar ao valor.
Como tu sabes, eu sei o que é perder alguém que muito amei assim dessa forma e ver as horas passarem sem muito poder fazer.

Este post até me fez chorar. Obrigada por o teres escrito.

Jeff disse...

Isso um dia vai passar. Não há mal que sempre dure.