Bem vindos ao meu blog. Aqui escrevo o que penso, o que me apetece e o que bem entendo. Fiz-me entender? Nem por isso? É complicado exemplificar. Puxai uma cadeira. Comei pipocas e ride! Sim...riam muito porque tristezas não pagam dívidas.



terça-feira, 29 de março de 2016

Carta de uma mãe de olhão

Atão filhe, qué qu'andas fazende?
Já fostes no bálhe?
Ontém fu com tê pai, majele na tava lá munte bem disposte, atão virê as costas e dei de frosques.
Aqui em Olhão tem tade munte mal tempe. Na semana passada fez tante vente qu'a galinha da Manela pôs o mêm ove três vezes.
Apanhê cá um suste quande vi aquile, que quá que ia cainde das escades abáche.
No funde, até ache qu'u tê pai tamém viu o mêm, majele na disse a porra!
Iste anda tude perdide filhe!
Trabalhe fêta maluca e na ganhe quase nada. Na sê aonde vames assim com este governe.
Ache que até a Floripes viu isse tude antes dagente todes, e por isse é que deu de frosques lá pelo alte mar! Majatão...iste sô ê pensande alte!
Atão e tu moce marafade? Qu'e qu'andas fazende?
óvi dizer que andas com uma moça aí da zona de Quarteira, majiss é mêm verdad?
Tu vê lá com quem te metes, se nã tê pai ainda fica marafade!
Boum, cá me despece, agora que fá um bocadinhe de calôr, vô aprovetar e comprar um pêxe pó tê pai ali no mercade, na vá ele dizer que só vive na rua pa óvir o diz que diss...ó que só quer é balhe e música fêrantã!
Porta-te com Juízzz!

Da tu mãe
Jacinta

1 comentário:

Gisela disse...

Estás perdida mulher. É que nem os nossos antigos professores da univ iriam escrever tão bem o calão algarvio. Acho que até a Floripes aplaude tão boa prestação. 😂