De má língua todos temos um pouco. Nem vale a pena me virem com aquelas conversetas de que não foram educados assim, porque até mesmo a minha mãe não me preparou para interagir na sociedade em tais circunstâncias, mas eu cá me virei.
No que se toca a fofocas, admito não ser muito aderente, e até mesmo espanto da minha mãe do quarto quando me vem com histórias acerca da conversa da vizinhança.
Mesmo assim, há sempre uma cusquice ou outra que não consigo resistir.
Uma das temáticas mais badaladas é a entrada dos refugiados no nosso país. Eu própria não faria melhor. Se o meu país estivesse em guerra e eu tivesse a oportunidade, lógico que me virava e nem pensaria duas vezes. O mal é que "isto está mau" (Mas segundo Passos Coelho, podia estar bem pior) e não há fundos para auxiliar cinco mil pessoas em Portugal. Fiquei bem mais aliviada quando soube que afinal sempre havia outra ( mas não é música pimba) alternativa. A União Europeia lá criou o seu fundo de garantia para que os nossos refugiados possam ganhar acima do nosso salário mínimo, com direito a um T4, sistema de saúde e de educação...e blablabla.
Que bom que assim seja. Pena que a União Europeia não teve essa mesma ideia para os pobres mendigos que proliferam o nosso país, que hoje não são nada, eu sei, mas já foram alguma coisa, certamente o estado já lucrou mais deles do que dos nossos novos visitantes. Nada contra virem para o nosso país, simplesmente na época dos retornados, não me lembro de haverem T4, mas sim alfarrobeiras para o pobre dormir.
Outro assunto que está muito a dar que falar, é a maternidade. Ora pois...como "isto está mau" (mas segundo Passos Coelho, podia estar bem pior), nos dias de hoje torna-se mais complicado aos casais jovens sair da casa dos pais e constituir família. No entanto la se vão fazendo uns milagres e as coisas acontecem. Só que o nosso país, não é um país de certezas e as nossas videntes estão cada vez mais com as dioptrias alteradas e não fazem bater a bota com a perdigota. É nestas alturas que sinto falta das profecias de Bandarra. Mas pronto, não se pode ter tudo. Não é que me queixe. Pelo menos não sou como um velho conhecido meu, que se lamentava sempre que andavam todas atrás dele. Depois de muito se vangloriar, lá decidia escolher a donzela que tivesse um filho para ele adotar como seu. No final de contas, separava-se porque eram todas meninas da vida e recentemente tornou-se o criador. A última das suas paixões não era mãe, por isso ele teve de se encarregar de fabricar a peça que faltava para a dama ser perfeita. Bom...pelo menos sabe que o filho é dele, assim espero.
Assuntos polémicos é o que não falta, incluindo as praxes académicas que dão tanto nas vistas. Acho que agora está na moda morrer alla Meco. Então a juventude reúne-se para enterrar alguém predisposto a esse feito, fica com a areia pelo pescoço, metem-lhe a bebidazeca pela goela abaixo, fazem a malta ficar bêbada e depois rebolar ( e não me refiro a sambar) pela areia até à rebentação das ondas. As pobres bestas, quando se dão conta que a situação está a dar para o torto, resolvem usar o plano B que é, "Fazer que fui uma vítima obrigada a fazer isto só porque sim" e lamentam-se que as praxes são agressivas. Pois são, e continuarão a sê-lo enquanto a malta só se divertir de copo na mão. Se querem tanto morrer alla Meco, metam a cabeça na sanita, puxem o autoclismo e ninguém dá por nada. Bebem a mesma quantidade de líquidos, mas mas inofensivos. Desculpem o meu sarcasmo, mas eu sofro abertamente de uma sarcastiquice agúdérrima.
Lamento que este mundo esteja pedido. Não fui eu que decidi. No entanto criei um espaço assim como este, para ser mais 1% na contagem de borricadas mundiais. No entanto eu gosto, e agora? Não gostas? Não metas like.
Sem comentários:
Enviar um comentário