Tudo o que seja religião organizada, só serve para uma coisa: Conflitos.
Chama-se de religião organizada a grandes grupos religiosos, em especial os conhecidos como organizações, segmentos ou até seitas e governos em que nos podemos legalizar ou oficializar, ou não. A religião organizada é caracterizada por uma doutrina funcionar, o chamado dogma ou lei, um sistema hierárquico ou burocrático de estrutura de liderança, uma codificação de regras e práticas.
Já o termo religião deve significar para nós os sentimentos, atos e experiências de homens individuais na sua solidão, em relação a tudo o que possam eventualmente considerar de divino.
Não me querendo prolongar muito sobre a sua definição e sem querer ferir qualquer tipo de susceptibilidade, venho expressar a minha opinião face a esta realidade tão nítida como muitas outras, mas que ninguém parece prestar grande atenção.
Salientando e partilhando com os meus leitores que eu mesma tenho a minha religião na qual acredito, admito que tais dogmas ou leis que nós mortais decidimos por meio da nossa fé respeitar ou seguir, e pela falta de respeito pelo próximo, sinto, tal como qualquer outra sensação abstrata que me toca, a constante intolerância das pessoas.
Considero portanto de mau gosto, todas aquelas pessoas que tentem impingir a sua religião a outrem, que façam alguém forçosamente entrar na sua religião ou ainda, e não melhor do que as outras coisas já ditas, viver em função da religião e se privem de viver o mundo que as circunda.
Digamos que, o facto de eu acreditar em Deus, não faça de mim uma cristã. Além disso, a minha crença em Deus, não me obrigaria sobre qualquer pena, a entrar numa igreja. Por si só, o facto de eu não entrar numa igreja, não faria de mim uma pessoa impura. É tudo uma questão de pontos de vista, lá está, mas não de realidade. Acho que, uma pessoa que viva intensamente uma religião, e pouco mais faça além de louvar a que entidade for, se está a privar de viver o real, o aqui e o agora.
Também acho tremendamente incorreto quando ouço falar que famílias se separam em prol da religião que veneram. No meu ponto de vista, acho que nenhum vínculo de sangue deveria de ser separado por uma religião. Devemos saber respeitar o próximo, mas ao mesmo tempo, saber respeitar a nós mesmos. Cada vez menos vejo isso e tudo no sentido da religião.
Falando em organizações mais fechadas, eu jamais seria capaz de deixar um filho meu morrer por falta de transplante de medula ou doação de sangue. Da mesma forma, jamais seria capaz de abdicar de uma vida académica e fazer uma licenciatura só porque certa religião considera perda de tempo. Dizem que o mundo vai acabar, mas ainda não acabou e enquanto estiver em pé, eu como bolo de aniversário, festejo o Natal e a Páscoa, não porque seja religiosa, mas porque amo ver a minha família reunida. Enquanto o mundo estiver em pé eu irei cantar Os parabéns a você aos meus amigos e familiares e até a mim mesma, irei ler O Senhor dos Anéis ou o Harry Potter e sim, irei fazer o que gosto, porque jamais conseguiria consentir que me fizessem uma lavagem cerebral. Não importa qual julgamento tenhamos no mundo eterno, se é no paraíso ou não. Importa sim, que acreditemos naquilo que acreditemos, Deus nunca obrigou nem forçou ninguém a seguir o que quer que seja. O importante é que nos respeitemos, amemos, e toleremos quem quer que seja, sem racismos, sem impedimentos. A música foi feita para ser ouvida e não porque algo maléfico nela se esconde. Os livros são ideias prontas a ser partilhadas e lidas em qualquer prateleira de livraria e seja lá qual for a nossa crença, não deveria de existir infeliz nenhum, que decidisse uma regra em que tais prazeres inúteis fossem proibidos. Amén.
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