A sua pele estava molhada iluminada pela luz da lua cheia.
Os reflexos da noite iluminavam-na tonando os seus tecidos cristalinos.
Vi os seus olhos fechados mas sabia que ele não dormia. Deitei-me do seu lado esperando que ele sentisse a minha chegada.
Observei a sua silhueta perfeita misturada com a luz da lua que agora nos cobria a ambos naquela noite fria e húmida.
As folhas das árvores cobriam todo o chão á nossa volta. Para trás, o que ficou, pouco importava. Éramos um agora. A união perfeita.
Fechei os meus olhos com medo de ver tudo aquilo que sentia. Fechei-os com forças. O amor dói por vezes. Fere-nos sem querer e quando despertamos já não somos mais nada.
A sua voz ecoa na minha cabeça. Os seus olhos estão nos meus olhos, presos nos meus olhos. Amarrados aos meus olhos. Consigo sentir os seus olhos brilhantes e luminosos mesmo com os meus fechados.
O seu corpo é o manto que me cobre. Os seus carinhos são a fonte de amor alegria a paz.
Tento afastar-me para respirar, mas não consigo. Aquele homem, aquele ser perfeito a quem me rendi é agora droga que alimenta a minha fonte de viver. O único prazer de que desfruto sem me cansar.
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