Percorri a enorme escadaria do santuário. De pés sempre descalços e sem frio. Há muito que me havia habituado á escuridão. Ela fazia-me bem.
Não só os tolos se escondem no escuro. Mas os sábios também.
Foi no escuro que te vi, foi no escuro que te mostraste finalmente perante os meus olhos castanhos.
Não me enganei em saber que seria um erro seguir o teu rasto, perder-me por entre as tuas tolices.
Nunca devemos parar de escutar aquela voz que nos avisa que é chagada a altura de recuar um passo, mas em vez disso, eu dei mais um passo e outro seguido de outro...e no fim...
Lá estavas tu com um olhar totalmente diferente do que me deste a conhecer. O olhar da verdade, daquele ser sem forma, daquele que és tu. Aquele olhar que me fez perceber quem és, que me deu toda a luz.
Por entre o breu consegui toda a luz.
Foi por entre o breu que tu chegaste.
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