Hoje acordei com uma enorme vontade de ler revistas. Sim, isso mesmo. Revistas que falem sobre os mais diversos artigos e por isso decidi ler a Cosmopolitan do mês, onde há de tudo um pouco, desde moda, sexualidade, testes e muitas outras coisas.
No meio da minha leitura deparei-me com um artigo onde se fazia uma pergunta mais ou menos do género: Até onde se poderá ser uma mulher fácil? Qualquer coisa assim parecida e que despertou a minha curiosidade. No artigo em si, falava que reprimir sentimentos não nos liberta, não nos faz viver a vida, não nos torna mais femininas. O simples fator de estarmos a pensar que poderemos ser fáceis, é tudo coisa da nossa cabeça. O sexo é bom e faz bem. Devemos de nos libertar de sentimentos que nos aprisionam e nos impedem de viver.
Concordo e não concordo.
Se eu tiver uma opinião a dar e a der estou a reprimir-me de viver? Claro que não. A mesma coisa se passa se eu quiser ir ao Mcdonalds e comer um menu de cada. Estarei a reprimir-me? Nem por isso. Vestir o que quero e bem me apetece também não considero que me esteja a aprisionar a mim mesma e no que toca ao sexo, sim, é saudável e toda a gente gosta. (Ou quase toda a gente). No entanto, há que haver um certo sentido de preservação.
Isto significa que, se eu o quiser fazer, poderei ir com o primeiro que me aparecer só para deixar os tabus de lado? Claro que não, e aqui é que entra o cerne da questão. Toda a mulher tem o direito a ir em busca do seu prazer, de realizar as suas fantasias, de cometer os seus pecados. No entanto, isso não quer dizer que tenha hoje que estar com um e amanhã com outro. Se estiver numa relação, ótimo, faça-o. Se não estiver, a meu ver, espere pelo momento...ou estão assim tão aflitas e seja esse o sentido de reprimir algo? Uma mulher não tem de ter necessáriamente sexo 24h/ dia para se dizer que é mais solta ou mais desinibida. A ideia de reprimir algo é simplesmente tolice.
A meu ver, uma mulher que correu meio mundo numa tentativa de "viver a vida", quando chegar o momento de "ter alguém na sua vida" já não vai haver quem a queira. Não tem interesse a meu ver, a mulher que já provou meio mundo só porque sim. O sexo não deveria de ser encarado só porque sim e ser feito só porque sim. O sexo é um ato íntimo e sagrado, que deve de ser respeitado.
Há um momento certo para tudo na vida e um momento em que sentimos que devemos dar um pouco de nós a quem merece a nossa atenção. Infelizmente, nos tempos que correm, a palavra amor deixou de ter sentido e passou simplesmente a existir a palavra sexo ou "One night stand". Por isso mesmo é que penso nessa ideia de se saber onde metemos os pés, para depois, em prol de nos sentirmos reprimidas, podemos sentir pior que isso, arrependidas.
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